04 julho, 2008

Dona Joaninha pede socorro!!!



Nas várzeas do rio, caem algumas lágrimas de uma folha que chora os orvalhos da primavera.

Uma joaninha vê toda cena, ela lembra de um tempo onde todas as coisas tinham sentido, mais ela não vê mais sentido naquela cena, pois o rio estava seco e não fazia mais sentido todo aquele esforço de tal folha, nem na resistência de tal estação, pois não era tempo de primavera e sim de inverno.

Lembrou que outro dia o velho que morava na casinha à beira do lago, tentava colher suas verduras, mais não conseguia selecionar o que era aproveitável, o que era alimento de porcos. Até que no verão ele partiu para a cidade.

Noutro ano ela via também um caminhão que passava anunciando a campanha eleitoral de senhor “Esperança”., Ouvia que ele prometia o desenvolvimento sustentável de toda a região, mais hoje o velho não colhe suas verduras, o rio não tem mais água no seu leito e nem mesmo inverno.

O que resta é uma fazenda com bois e uma velha casa abandonada e a velha lágrima de esperança da folha!


3 comentários:

Yane Santiago disse...

Ô seca. Ô esperança - não senhor Esperança - cadê? Coragem, joaninha.

Yane Santiago disse...

Grande Bob Dylan. Aliás, essa capa de disco tá no Vanilla Sky, não é?

Anônimo disse...

Não adianta fugir da seca ou do inverno, não há lugar para ficar. Os novos ares podem causar sensação confortável e, no mais, façamos silêncio. Re-sig-nar-se.