22 fevereiro, 2013

doismiledoze



Ventos...

O que dizer desses tempos confusos? Nada há o que dizer, somente o que se sentes, o que se vive. Tudo começa com um passo, deixar nos permitir, e nos deixamos permitir em tempos confusos é um grande passo, um ano que começará, mas nunca saberia o que poderia acontecer.
Tudo começa com uma reflexão, em meio a multidões felizes, mas mesmo assim a felicidade do coletivo não me permitia ser contemplado com tal entusiamo. Apesar de estar ao lado de um grande “brother” e rodeado de pessoas gentis e admiradoras de mim, sempre achei que faltava algo, algo como um sopro de que me fizesse navegar, mas só me faltava respirar, então respirei.
Estava em busca de um norte, após deixar tudo que me fazia mau, tudo sem noção nenhuma sentido, de um mundo sem sensações e sentimentos. Pessoas que não me permitam viver e sentir, e o que eu necessitava viver, depois de longos anos anestesiado e num coma profundo. Dai parte a reflexão antes apresentada, precisava permitir e respirar, cair de cabeça e coração em algo que só dependia de mim. Após respirar eu velejei.
E os ventos dá mudança sempre jogam a favor de daqueles que deixam se permitir, como os grandes navegantes se se lança ao mar em busca de algo, ou pela falta de alguma coisa. E por eu estar aberto as novas coisas, eu poderia sentir que o vento estava mudando, o ano começará com um vento suave e distinto, mas se eu soubesse levantar a vela, da minha pequena embarcação, poderia seguir o vento, não por mérito de um bom velejador, mas por necessidade de um ar de mudança, ou também por fugir de tudo que me deixava mau, e me fazia ficar mais vazio. O que queria era respirar, mas para eu respira necessitava apreender a velejar.
Como um péssimo velejador que sempre fui escolhi a maneira mais ruim de velejar, a maneira que o ano anterior me possibilitou felicidade instantâneas e vazias. Mas o que tinha diferente dos anos anteriores é que estava disposta a se lançar em uma nova aventura. Ele começará a sopra com muita força depois de estar no meio de uma multidão e extremamente só, ventos esses que me fizeram respirar por mais um tempo. Tá ai uma palavra que demostrou o que foi o ano de dois mil e doze … “respirar” … uma palavra, uma sensação, um estado de espírito e uma maneira de viver.
Por me permitir respirar o vento que soprava me surpreendeu. Como uma grande aventura, que mau estava preparado para ela. Mas me levou para um novo mundo, com personagens novos e inspiradores, sedentos pelo novo, com histórias diferentes.
Um desse personagens era representado pelo um coletivo, que me transformou artisticamente, me trouxe de volta a sensibilidade artística, que anos a traz tinha sido esquecida, mas que retornará após anos adormecidos. O coletivo de verdadeiros brutos de uma vanguarda de artistas inspirados e talentosos.
O que dizer de tempos confusos? Não sei o que dizer, só sei que não estava sendo sensível, pois tempos confusos eu como ser dentro de um sistema do qual faço parte não conseguia me ver, só sei que não tinha a sensação, e nem conseguia perceber o que sinais, e os que eles querem dizer. A falta da sensibilidade me levou para caminhos estranhos, mas que era os de sempre, já sabia onde ele iria me levar, e como ter um porto seguro, sabendo onde iria chegar não me arriscaria em sofrer o novo. A retomada da sensibilidade artística, me deixou com um pé sobre o desconhecido, e essa sensação não me deixou com medo, mas sim excitado.
De volta aos novos personagens desse novo lugar onde o vento me levará, um deles foi representado pela a academia, lugar onde o saber e o conhecimento se demonstra na mais bela forma, o aprendizado. Pois e tempos confusos, umas das únicas formas de crescimento pessoal é o aprendizado. Lá o conhecimento a flora, e a conjunção de toda essa forma de conhecimento engrandeceu a minha vontade de respirar e de lutar por condições coletivas onde o “ser” não é “ter”, mas sim permitir ser livre.
Mas o que é a vida, o vento que me levava a deriva entre caminhos incertos e novos, me trouxe uma nova brisa, que voando venho, como um pássaro, e como um pássaro me fez viver umas das mais belas histórias desse ano, um carinho imenso entrou dentro de mim e me transformou por dentro, pela primeira vez me via livre e irradiante. Me via vivo e sentindo uma grande paixão pelo mundo e por todos. O quando via seu sorriso era como um sonho, sabes quando uma pintura, uma música ou um som, lhe deixa feliz por horas e horas, dias e dias? Sim estava entregue totalmente a essa nova brisa que por longas oito semanas, mudou minha vida, meu discurso, me transformou por dentro.
Um dos momentos marcante foi sentado em um pedra de frente para o mar, longe de tudo e todos, me via pensando nesse ventinho que transformou meu caminho, e nesse sentimento que invadiu meu peito e de dentro para fora.
Mas como todo ventinho que vem, ele se vai para longe, numa dessas ironias da vida. O ritmo da minha embarcação mudou. Mas creio que foi um mudança leve de timor que fez que eu perdesse aquela brisa tão suave e delicada, mas esse pequeno desvio me deixou sem chão, e confundiu minha orientação, lá de novo estava confuso, mas ainda com o olhar irradiante de mais uma belas histórias que tinha acontecido.
O ventinho era viciante e me deixou com gosto de quero mais, e por estar me permitindo me deixou com um gostinho de quero mais, e lá se foram dois meses de esconder tal sentimento, que já tinha compreendido, mas que precisava ser compartilhado, pena que tardiamente, mas a vida é assim, as vezes se afogamos e não lutamos pelos o que queremos, felizmente os ventos continua soprando... e soprando...
Mas de certo um desejo que sempre tenho... “como gostaria que esse ventinho estivesse ainda ao meu lado agora! Como adoraria um novo sopro dele.”
E ele passou e me transformou. Hoje vendo o acontecimentos anteriores vejo que tenho que seguir velejando e me permitindo sonhar com o novo, me permitir se transformando, um dia uma pessoa me disse: “pessoas nunca mudam” queria dizer que tudo muda o tempo todo, e por estarmos confusos, não percebemos que a mudança é evidente. Ainda sonho com o ventinho que me transformou, sonho dos momentos, das passagens das ondas e de toda sensação que tivemos juntos durante o pequeno momento de minha navegação, penso que ele trouxe um dos mais belos sentimentos nesse ano de dois mil e doze, e por trazer me mudou completamente.
O que dizer em tempos confusos? Não diga e não faça nada! Só simplesmente siga os ventos, que eles lhe indicarão os novos caminhos.
Que venha novos ventos e que nele traga novos ventinhos que me faça um ser humano menos confuso e mais vivo. E que um dia eu parta como um vento transformando a vida de outros marinheiros confusos, e transformando o seus caminhos.


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